São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Estado vai receber conta de reforma

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito Celso Pitta e o secretário de Obras e Vias Públicas, Reynaldo de Barros, reafirmaram ontem que a conta da reforma da ponte dos Remédios, cujo conserto está avaliado em R$ 7 milhões, será remetida ao governo do Estado.
Às 8h20 de ontem, a pista São Paulo-Osasco da ponte dos Remédios foi reentregue, reformada, com mão dupla.
A ponte dos Remédios estava totalmente interditada desde 3 de junho, quando uma rachadura foi detectada na pista Osasco-São Paulo, cuja reforma deve ser concluída em novembro.
O governo do Estado, por sua vez, por meio da assessoria de imprensa da Secretaria dos Transportes, disse que sua posição já está fechada.
O governo mantém o que o governador Mário Covas anunciou anteontem. Ele disse que o Estado pagará apenas 50% do valor da obra, "em virtude da situação financeira do município".
O prefeito Celso Pitta disse que o viaduto é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
"Sendo o DER do governo do Estado, a conta será remetida para o Estado", declarou.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Vias Públicas, a prefeitura considera estranho o fato de o governo do Estado anunciar que está em boa situação financeira e negar R$ 3,5 milhões.
Laudo do Crea (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de São Paulo) responsabilizou Estado e prefeitura pelo acidente na ponte dos Remédios. O laudo foi remetido ao Ministério Público.
Poeira
A ponte foi entregue à população com muita poeira, que ficou encrustada nas ranhuras antiderrapantes feitas no concreto do novo piso da pista.
A ponte deveria ser lavada, mas a Secretaria de Vias Públicas optou pela varrição.
Primeiro motorista a cruzar a ponte dos Remédios, o vendedor Luiz Galdeano Rodrigues, 57, morador do Parque São Domingos (zona noroeste de São Paulo), comemorou.
"Cansei de pegar congestionamentos na ponte Anhanguera."
Segundo o diretor de operações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Luiz Carlos Santos Cunha, as pontes do Jaguaré e Anhanguera, usadas como desvio pelos usuários da ponte dos Remédios, terão seus congestionamentos reduzidos. O pico de congestionamento na cidade ontem foi 64 km, às 9h30.

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