São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Policiais fazem 'setembro negro'

DA SUCURSAL DO RIO

Integrantes do Núcleo de Defesa dos Policiais Civis iniciaram ontem o movimento "setembro negro" contra o plano de cargos e salários elaborado pelo governo que, segundo eles, não contempla a reestruturação de toda a categoria.
O detetive Renato Ferraz, um dos coordenadores do núcleo, disse que poderá ser aprovada uma greve durante a visita do papa João Paulo 2º ao Rio, de 2 a 5 de outubro, "para mostrar ao mundo a situação de sucateamento da polícia".
A orientação do núcleo é para que, até o final de setembro, os policiais usem uma tarja negra no braço como sinal de protesto pelo que consideram o não atendimento de suas reivindicações.
Os integrantes do núcleo não concordam com a exclusão, no plano do governo, de carcereiros, motoristas, papiloscopistas (profissionais que analisam impressões digitais), peritos criminais e legistas (cerca de 30% do total da categoria de 10 mil policiais) e aposentados.
Reclamam também que o aumento salarial médio, de 210% na proposta original, baixaria para 180% e só seria concretizado em 12 parcelas.
O núcleo está convocando a categoria para um protesto simbólico, em 29 de setembro, Dia do Policial. Os policiais entregariam armas e carteiras funcionais ao Defai (Departamento de Fiscalização de Armas e Explosivos), para marcar a posição contrária a itens do plano do governo.

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