São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997 |
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Simpósio quer difundir método para evitar retirada de útero Método permite retirada de mioma sem necessidade de incisões DA REPORTAGEM LOCAL Difundir o uso de microcâmeras de vídeo para diagnóstico e tratamento ginecológico e evitar a retirada indiscriminada do útero em mulheres. Esse é o objetivo do 2º Simpósio Ítalo-Brasileiro de Endoscopia Ginecológica, que acontece nesta semana, em São Paulo.Segundo Nelson da Cruz Santos, chefe do setor de videolaparoscopia da ginecologia do Hospital das Clínicas, é muito comum mulheres que tiveram muitos filhos -ou que estão menopausa- sofrerem hemorragias que, ao contrário do que se pensa, não significa necessariamente a presença de câncer. "Se elas já têm uma certa idade, a maioria dos médicos indicam a retirada do útero. Mas com o uso da vídeo-histeroscopia, é possível mantê-lo íntegro", diz. A vídeo-histeroscopia é a inspeção do interior do útero por meio de uma microcâmera de vídeo. O aparelho é introduzido pela vagina até a cavidade uterina. As imagens são exibidas em um monitor. Com esse método, é possível retirar miomas, pólipos e realizar biópsias no corpo do útero sem precisar fazer um corte. O método permite ainda a retirada da mucosa interna do órgão em casos de hemorragias em mulheres adultas. O útero permanece inteiro mas perde sua função, fazendo com que a mulher pare de menstruar. Claudio Basbaum, responsável pelo setor de vídeo-histeroscopia do Hospital São Luiz, aponta outras vantagens. "O diagnóstico é muito mais preciso e a recuperação da cirurgia dispensa internação." Durante o simpósio, que tem patrocínio do Hospital São Luiz, serão ministrados cursos sobre os métodos de videocirurgia para médicos de todo o país. Texto Anterior: Dekassegui chega ao país após 33 dias em hospital mexicano Próximo Texto: Sucessor é policial aposentado Índice |
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