São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997 |
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Não desgrudei da TV! Acordei com overlady Di!
JOSÉ SIMÃO
E desculpe o trocadilho, mas a morte da Lady Di queimou o filme dos paparazzi. E o SBT que ligou pra casa dum amigo meu fotógrafo à procura dum paparazzi? "Como assim?", retrucou o meu amigo. "Você não é fotógrafo?." "Sou fotografo, mas não sou paparazzi." Pó parazzi com isso! E isso que é globalização: princesa inglesa morre na França num carro alemão com namorado egípcio e o resto do mundo não desgruda da TV. Inclusive eu! Vi tudo da Lady Di. E acordei com overlady Di! E o estilo Lady Di ficava sensacional só nela porque as sósias eram uns buchos. E na Bahia tem uma menina chamada Lady Diana e na escola é chamada de Leite Diana! E a imprensa não está com as mãos manchadas de sangue! E quem compra pra ver as fotos? Em última instância: Ninguém É Inocente! Já disse que pesquisado mente. Olha a pesquisa online do Globo: "Você costuma comprar publicações para ler sobre a vida das pessoas famosas?". Sempre, 74. Esporadicamente, 113. NUNCA, 428. E como é que vende como banana?! E um leitor participando do fórum da Folha resumiu tudo: quem nasceu primeiro, a celebridade ou a imprensa? O "Bom Dia Brasil", ops "Bundinha Brasil", pisou no tomate. Pisou no too much! Apareceu o Don Doca FHC visitando um assentamento, de botas e bombachas, fantasiado de Getúlio Vargas! O carro saiu fugindo dos fotógrafos. E a Globo disse que ele sofreu uma perseguição tipo Lady Di. Quá-quá-quá! Audácia das bofas! Isso já é endeusamento psicótico. Que ele quer ser a rainha Elisabeth todo mundo sabe, mas Lady Di é too much. A Globo quer que o FHC seja da realeza nem que seja na tragédia?! Perguntaram prum assentado se ele tinha reconhecido o presidente. "Pensei que era um pistoleiro." Rarará! E-mail: simao@uol.com.br Texto Anterior: Calendário fashion se consolida Próximo Texto: Investigador de almas Índice |
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