São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997
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Tony Blair pressiona por enterro aberto

ANTHONY BEVINS
e MICHAEL STREETER

ANTHONY BEVINS; MICHAEL STREETER
DO "THE INDEPENDENT"

O escritório do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, esteve ontem em negociações com o palácio de Buckingham para tentar criar um funeral que possa satisfazer ao público que precisa lamentar a morte da "princesa do povo".
O gabinete do primeiro-ministro aceitou o direito das duas famílias de organizar o funeral de sábado, mas o próprio Tony Blair tinha as próprias idéias de possibilitar ao público um meio de dar vazão a sua perda coletiva.
Um porta-voz de Blair disse que havia o consenso de que deveriam ser limitados os convites do funeral na abadia de Westminster que seriam distribuídos à "gente de bem" do país e do exterior.
Para Blair, a organização devia ser feita de modo que assegurasse que a abadia, com capacidade para 2.000 pessoas, recebesse pessoas comuns, que representam algumas das boas causas nas quais a princesa havia se engajado, como a luta contra a Aids e a campanha de combate às minas terrestres.
Isso pode significar que algumas pessoas -e alguns países- se sentirão esnobados se seus embaixadores forem excluídos da lista de convidados. Mas o gabinete foi pressionado a aceitar a realização de um funeral que reconheça a enorme popularidade que a princesa possui.
O porta-voz disse que a grande dor sentida pela nação servia como medida da profunda afeição dedicada à princesa, e o funeral de sábado teria de refletir esse sentimento.
Ontem, ainda não havia certeza quanto ao grau de cerimonial que deveria ser realizado na abadia. O gabinete ainda tinha dúvidas se o caixão deveria ser levado até a abadia em carruagem geralmente utilizada em funerais de Estado.
É possível que a necessidade de mais pessoas assistirem ao menos parte do funeral seja satisfeita com a divulgação do trajeto que seria cumprido no retorno da princesa à vila da família, para o enterro privado, em Great Brington, em Northamptonshire.
O porta-voz de Blair disse que entidades de caridade com as quais Diana estava associada deverão ser beneficiadas com donativos especiais para marcar a perda de sua patronesse.

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