São Paulo, terça-feira, 2 de setembro de 1997 |
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Preso suspeito na morte de jornalista
FERNANDO GODINHO
A prisão de Rios complica a situação de Alfredo Yabrán, um dos principais empresários da Argentina: Rios comanda a segurança pessoal de Yabrán, suspeito de ser o autor intelectual do crime. Repórter da revista "Noticias", Cabezas participava das investigações sobre os negócios de Alfredo Yabrán junto ao governo do presidente Carlos Menem. As fotos de Yabrán feitas por Cabezas em ocasiões privadas (uma praia particular da Argentina e uma festa de réveillon com sua família) revelaram à opinião pública do país a cara do empresário, até então praticamente desconhecida. Cabezas foi morto com um tiro na nuca, e seu corpo, incinerado. A prisão de Rios foi decretada por causa das suas ligações com o ex-policial Gustavo Prellezo, já detido e apontado como o autor material do crime. Os investigadores teriam descoberto que Prellezo e Rios se falaram por telefone pouco depois do crime e que os dois tiveram diversas reuniões nos dias que antecederam o assassinato. Em depoimentos anteriores, Rios havia negado qualquer relacionamento com Prellezo, inclusive tê-lo empregado como agente de segurança de sua equipe. A Justiça do país acredita que Prellezo não tinha motivos para matar Cabezas e que o crime foi encomendado. Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia do presidente Menem, acusa Yabrán de chefiar uma espécie de máfia criada para conseguir contratos vantajosos com o Estado argentino por meio de corrupção. As operações do empresário no setor postal e na emissão de documentos oficiais são investigadas por uma comissão do Congresso Nacional. Texto Anterior: Fidel reaparece depois de rumores de morte; Ieltsin diz que não será candidato à reeleição; Violência deixa 50 mortos na Argélia; Deputados governistas assumem no México; Irã executa acusado de espionar para EUA; Explosão mata 7 e fere 21 pessoas na Bulgária Índice |
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