São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
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Para Iris, órgão de controle não é essencial

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Iris Rezende, declarou que a criação de um órgão específico para controlar a programação de televisão não é essencial.
"Possivelmente, nós vamos encontrar soluções com outras medidas mais simples, sem maiores sofisticações", afirmou.
O ministro declarou que a intenção do ministério é estabelecer, por meio de debates, um comportamento por parte das emissoras que satisfaça a sociedade.
Iris entregou ontem o resultado das duas pesquisas ao presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Joaquim Mendonça.
O ministro disse que a Abert vai examinar os resultados e se reunir novamente com ele em 30 dias.
Os diretores da associação terão esse prazo para examinar os resultados das pesquisas e estudar soluções para os problemas apontados pelos entrevistados.
Constrangimentos
Ao ser questionado se já havia se sentido constrangido por algum programa exibido pela TV, Iris Rezende afirmou que se dedica muito ao trabalho e tem pouco tempo para "saborear os programas de televisão".
O ministro disse que, mesmo assim, tem conhecimento de que diversos programas são "prejudiciais à formação dos jovens" e que as emissoras de TV não podem definir sua programação apenas com base no interesse econômico.
Joaquim Mendonça, presidente da Abert há 15 anos, declarou que não teve tempo ainda para examinar as pesquisas.
Ele afirmou que o controle do que os jovens assistem deve ser feito pelos pais.
"Não conheço até hoje ninguém que tenha sido prejudicado pelo rádio ou pela TV", disse o presidente da Abert.
Quando questionado a respeito de eventuais abusos cometidos pelas emissoras, Joaquim Mendonça respondeu: "Infelizmente não tenho tempo para ver isso (televisão). Trabalho até muito tarde", declarou.

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