São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
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TJ afasta juiz que é acusado por morte

Ele é suspeito de matar sua própria mulher

VELMA GREGÓRIO
DA FOLHA VALE

O Tribunal de Justiça de São Paulo afastou ontem de suas funções o juiz da 1ª Vara Criminal de Jacareí (68 km de São Paulo), Marco Antônio Tavares, até que o inquérito que apura o assassinato de sua mulher, Marlene Aparecida de Moraes Tavares, seja concluído.
O afastamento foi deliberado pelo Conselho Superior da Magistratura por proposta do corregedor-geral Márcio Martins Bonilha.
Segundo o juiz de direito assessor do corregedor-geral, Cláudio Luiz Bueno de Godoy, o afastamento faz parte do processo administrativo que tramita no tribunal paralelo ao processo criminal.
Bonilha esteve anteontem em São José dos Campos (97 km de São Paulo) para tomar conhecimento das acusações contra o juiz.
Tavares é o principal suspeito, segundo a polícia, de ter assassinado a mulher.
Marlene desapareceu no último dia 22 e seu corpo foi encontrado no sábado na estrada que liga Taubaté a Campos do Jordão com duas perfurações de bala e as impressões digitais dos dedos das mãos raspados.
Segundo testemunhas que prestaram depoimento à polícia, Marlene foi vista pela última vez saindo com o juiz.
O advogado do juiz, Benedito Lemes de Moraes, disse em entrevista à Folha que seu cliente é inocente. A Folha não conseguiu localizar o juiz.
Inquérito
O inquérito ainda não foi enviado à presidência do Tribunal de Justiça.
O delegado que preside o inquérito em São José dos Campos, Gilmar Guarnieri, disse que uma testemunha, ouvida ontem, viu o juiz comprar as luvas que foram encontradas no local do crime.

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