São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997 |
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Pitta segura 30% do dinheiro do PAS
MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
Funcionários e coordenadores do PAS disseram à Folha que os serviços de postos e hospitais já estão prejudicados. A orientação informal que teriam recebido da prefeitura seria para evitar "exames desnecessários" e racionar o uso de remédios e equipamentos. A prefeitura desmente essa orientação. No mês passado, dois médicos do módulo 5 (Itaquera/Guaianazes) foram afastados pela Secretaria da Saúde após terem sido flagrados orientando subordinados a "economizar". Cortes na saúde A manutenção do PAS custa aos cofres municipais cerca de R$ 70 milhões por mês. Com a crise financeira enfrentada pela prefeitura, foram efetuados cortes de despesas e investimentos em todas as áreas da administração. O prefeito Celso Pitta prometeu que setores essenciais, como saúde e educação, não seriam atingidos pela política de contenção de gastos da prefeitura. Mas, na prática, a crise afetou programas como o Leve-leite (que distribui latas de leite em pó a alunos que não faltam), prejudicou a entrega e o preparo da merenda escolar e atrasou o pagamento do "salário" dos funcionários das cooperativas do PAS. Por lei, os funcionários são cooperados e não recebem salários, mas "adiantamento de sobras". No final do ano são apuradas as sobras e descontados os valores repassados mês a mês. Ontem, funcionários do módulo dez (Campo Limpo) fizeram manifestações contra o atraso no pagamento. Eles reclamam que apenas o repasse aos cooperados está atrasado, enquanto o pagamento aos fornecedores estaria ocorrendo sem maiores problemas. Possibilidades O coordenador de comunicação do PAS, Orlando Magnoli, confirma que a prefeitura repassou apenas 70% da verba às 14 cooperativas, mas diz que não há risco de paralisação no atendimento. "Nesta semana está para ocorrer o acerto dos 30% restantes e, talvez na próxima semana, devem ser pagos os valores de setembro." O secretário da Saúde, Masato Yokota, disse no final de julho que a verba destinada ao PAS duraria no máximo até setembro. Ele pediu R$ 340 milhões para manter o programa até o final do ano. O prefeito Celso Pitta anunciou como solução para o problema do PAS o repasse de R$ 300 milhões da Secretaria de Obras, mas ainda não foi efetivada transferência. Texto Anterior: Banheiros de 9 estações do metrô estão fechados devido à violência Próximo Texto: Vereadora quer seu nome em praça Índice |
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