São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997 |
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Vereadora quer seu nome em praça
MALU GASPAR
Projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal pela vereadora dá o nome de "praça Maria Helena" ao local, inaugurado em 13 de julho com uma festa onde a própria vereadora foi homenageada com faixas. O projeto está na pauta de votação da Câmara. Segundo a justificativa que acompanha o projeto, o nome da praça seria uma homenagem à Maria Helena do Nascimento, uma comerciante que morreu de câncer em 21 de maio deste ano. A vereadora afirma que a sua homônima merece a homenagem por ser uma pessoa que ajudava os vizinhos de bairro e que fez a sua campanha eleitoral. Se o projeto de lei for aprovado, no entanto, deve constar na placa da rua apenas "praça Maria Helena", nome pelo qual a vereadora é mais conhecida. Para a assessoria de imprensa de Maria Helena, o fato de a homenageada ter o mesmo nome da vereadora é apenas uma coincidência. Mas, no boletim do mandato publicado neste mês, uma foto da inauguração da praça já chama o local de "praça Maria Helena" -embora oficialmente ainda não tenha nome-, e diz que é uma homenagem à vereadora. Na praça, uma placa já identifica o local como "praça Maria Helena", sem fazer nenhuma referência à comerciante morta. Maria Helena admite que a população local pode associar o nome da praça ao seu, mas diz que não teve intenção de provocar a confusão. E afirma que ainda não havia lido a publicação do seu mandato (veja texto abaixo). Segundo ela, a placa da praça deve ser mudada para identificar corretamente a homenageada. A praça, segundo a vereadora, foi construída por meio de uma parceria entre a Administração Regional da Freguesia do Ó e uma distribuidora de bebidas que fica em frente ao local. A empresa teria dado os materiais, e a regional, cedido os funcionários. O administrador regional da Freguesia do Ó, Gúbio Anaxágoras, que admite ter sido indicado por Maria Helena, defende a vereadora. "Ela merece a homenagem, pois trabalhou pela construção da praça. Antes, aquilo era um terreno cheio de lixo". Para Anaxágoras, o nome é uma dupla homenagem - à vereadora e à comerciante que, na verdade, morava na zona norte de SP, conforme consta de seu atestado de óbito. Texto Anterior: Pitta segura 30% do dinheiro do PAS Próximo Texto: Por lei, ato deve ser póstumo Índice |
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