São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
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Brasil investe US$ 3 mi em turismo na CNN

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo investiu R$ 3 milhões em uma campanha publicitária para divulgar o turismo no Brasil na rede internacional de notícias CNN. Oito propagandas começaram a ser veiculadas ontem nas transmissões para a América Latina, Estados Unidos, Europa e Ásia.
As propagandas trazem imagens sucessivas da fauna e da flora, de centros históricos e de negócios, manifestações culturais e paisagens do país. As trilhas sonoras trazem peças dos compositores Carlos Gomes e Villa Lobos.
A única mulher despida que aparece em um dos oito filmes é uma índia jovem, mostrada apenas da cintura para cima.
Segundo Caio Luiz de Carvalho, presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), a idéia é aumentar em 75% o ingresso de turistas estrangeiros no país nos próximos dois anos, que trariam mais US$ 1,9 bilhão.
Assim, para 1999 está previsto que 20 milhões de turistas estrangeiros gastarão no Brasil cerca de US$ 4,2 bilhões.
Ao mesmo tempo, segundo Carvalho, a mensagem dos filmes tem o objetivo de reverter a imagem do país no exterior, em geral associada ao turismo sexual -segmento combatido pela Embratur.
Os oito filmes foram produzidos pela agência McCann Erickson. Serão projetados 646 vezes até 31 de setembro e devem atingir 114,9 bilhões de pessoas.
Segundo Carvalho, a campanha na CNN somente foi possível porque a verba para a promoção do turismo destinada pelo governo aumentou de R$ 3 milhões, em 1996, para R$ 21 milhões neste ano.
Segundo o ministro Francisco Dornelles (da Indústria, do Comércio e do Turismo), o setor será uma das atividades que mais crescerão no país nos próximos anos.
O setor deverá receber investimentos de US$ 5 bilhões até 1999, que gerarão cerca de 80 mil novos postos de trabalho. Desse total, US$ 1,5 bilhão será direcionado à construção de parques temáticos.
Apesar da campanha, não há expectativa de redução no preço das passagens aéreas no curto prazo. Segundo o ministro, essa diminuição depende da redução de custos das companhias aéreas.

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