São Paulo, quarta-feira, 3 de setembro de 1997
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Saque pode ter financiado refúgio nazista

DA REPORTAGEM LOCAL

A pilhagem sempre foi um elemento presente em momentos de guerra. Mas, no século 20, as obras de arte adquiriram um valor monetário que antes não existia.
Por isso, os alemães criaram grupos especiais para organizar o confisco dos tesouros e sua comercialização, a fim de financiar a máquina de guerra.
O esquema era supervisionado diretamente pelo marechal Hermann Goering (o segundo homem do regime nazista), que pertencia a uma família de colecionadores. Goering juntou uma coleção de quase 2.500 itens. Um de seus quadros preferidos era "Cristo com a Mulher Adúltera", de Vermeer. Ironicamente, uma falsificação.
As preocupações eram de ambos os lados. No campo de batalha, o Exército inglês tinha uma divisão especialmente montada para a recuperação dessas obras, a 8ª Divisão de Infantaria.
Preocupado com o fluxo de bens para refúgios onde pudessem financiar o nazismo no pós-guerra, o Office of Strategic Services criou, no fim de 44, a Unidade de Investigação de Saques de Obras de Arte. Segundo o relatório do OSS, parte do saque circulou pelo Brasil.

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