São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 1997
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BB diz que aumento provocaria demissão

Negociação salarial não avança

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O impasse nas negociações salariais do Banco do Brasil com seus funcionários chegou ao ponto de a diretoria distribuir uma carta informando que cada ponto percentual de aumento exigiria o fechamento de 1.250 empregos.
Sem aumento salarial desde 95, os funcionários querem um reajuste de 37,13%. O banco ofereceu um abono escalonado de até R$ 2.000, mas a comissão que representa os funcionários não aceitou.
A Confederação Nacional dos Bancários entrou com dissídio no TST (Tribunal Superior do Trabalho) por causa do impasse nas negociações da campanha salarial de 96, mas a data do julgamento não foi marcada.
No dia 1º de setembro, a diretoria divulgou, pelo sistema interno de informações do BB, uma carta explicando a proposta que foi apresentada ao sindicato.
Para justificar a impossibilidade de pagar o índice reivindicado, o BB alega que gasta R$ 4.700 por mês, em média, por funcionário.
"A folha de pagamento anual está em torno de R$ 6 bilhões, e não há como o banco suportar valores acima desse patamar. Isso significa que, para cada ponto percentual de reajuste, seria necessário reduzir aproximadamente 1.250 postos de trabalho", informou a diretoria.
Por esse cálculo, se o banco conceder o percentual proposto pelos trabalhadores, seriam demitidos cerca de 46 mil funcionários. O BB tem cerca de 81 mil empregados.

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