São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 1997
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Bolsa sobe 0,51% em dia mais tranquilo

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois das fortes oscilações dos últimos dias, a Bolsa de Valores de São Paulo operou ontem num ritmo mais moderado, fechando com alta de 0,51%, depois de bater, na máxima, valorização de 2,63%.
Como na terça-feira, a principal referência do mercado paulista foi o comportamento dos negócios com ações em Nova York. Lá as cotações também iniciaram o dia subindo e depois recuaram.
No fechamento, o índice Dow Jones das 30 principais ações registrava valorização de 0,19%.
No caso do mercado nova-iorquino, o recuo foi provocado pela alta do rendimento pago pelas aplicações de renda fixa, que disputam com as Bolsas de Valores os recursos dos investidores.
A alta dos juros de longo prazo, por sua vez, foi impulsionada pelo anúncio do aumento das vendas de automóveis no mercado norte-americano, o que, em tese, é um indicador do ritmo forte com que a economia dos EUA está operando no momento, o que, também em tese, poderia levar o banco central do país a elevar os juros básicos.
No caso do mercado brasileiro, além de Wall Street, os negócios foram influenciados ainda pelo leilão de opções de venda de Telebrás para fevereiro de 98, realizado ontem no Rio pela BNDESpar, subsidiária do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A BNDESpar conseguiu vender todo o lote de 2,5 bilhões de opções de Telebrás, que acabou saindo com ágio de 5,13%.
Já Telebrás PN acabou o dia recuando 0,79% na Bovespa, a R$ 136,90 (o lote de mil ações) e representando 58,3% dos negócios do mercado à vista.
Já Eletrobrás ON, o segundo papel mais negociado, teve desempenho bem melhor, subindo 4% e movimentando 5,3% do mercado.
Remuneração
No mercado futuro de dólar, negociado na BM&F, o dia foi de recuo das cotações.
Ontem contribuiu para esfriar o mercado de câmbio a decisão do BC de reduzir a remuneração paga pelo dólar comprado no mercado à vista, o que desestimula as posições compradas na BM&F.
Com isso, os contratos para dezembro, por exemplo, encerraram o dia com recuo de 0,14%, com a moeda norte-americana sendo cotada a R$ 1,119.

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