São Paulo, quinta-feira, 4 de setembro de 1997 |
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Copa Davis feminina retorna ao Brasil
FERNANDA PAPA
Desde 1984 que o país não recebe a Fed Cup, que será realizada em data ainda indefinida, no fim de abril ou início de maio. A disputa aqui, provavelmente em Brasília ou Ribeirão Preto, será a da rodada de classificação do Grupo 1 Americano, cujo país vencedor obterá uma vaga para o playoff do Grupo Mundial. O Grupo Mundial da Fed Cup, como o da Copa Davis, reúne as 16 melhores equipes do mundo. O detalhe do feminino fica por conta da divisão dessa elite em duas. Os oito primeiros, que neste ano foram EUA, Holanda, República Tcheca, Alemanha, França, Japão, Bélgica e Espanha, jogam em chave diferente dos outros, colocados entre 9º e 16º do mundo. No caso dos jogos no Brasil, oito ou nove países, cada um com quatro jogadoras, devem participar da disputa, com destaque para o Canadá, vencedor da rodada classificatória do Grupo Americano, neste ano, na Colômbia. A equipe brasileira, orientada pelo ex-tenista Danilo Marcelino, foi à semifinal e acabou eliminada pelas jogadoras locais. "Acho muito importante a realização da Fed Cup aqui. Saímos com a vantagem de jogar com a torcida e de ter mais tempo para adaptação à quadra e ao clima da cidade da disputa", afirma Vanessa Menga, 20, primeira tenista do Brasil e 353ª na WTA (Associação das Tenistas Profissionais). Nelson Nastás, 46, presidente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), espera que o evento sirva de alavanca para o tênis feminino nacional, ainda inexpressivo. "Como na Copa Davis, A ITF paga a hospedagem e alimentação dos jogadores, o que significa economia para a gente. Mas estimo que os custos de uma Fed Cup estejam em torno dos R$ 60 mil", afirma o dirigente. Segundo ele, outros sete torneios femininos serão realizados no Brasil ainda este ano, ao custo máximo de R$ 35 mil, caso da Valmet BCN Cup, marcada para 27 de outubro, em Mogi das Cruzes, e que tem premiação total de US$ 25 mil. Cada um dos outros seis eventos distribuirá US$ 10 mil, com custo total de promoção de R$ 15 mil. Os torneios masculinos, que neste ano tiveram no Brasil três circuitos satélites (torneios de quatro semanas e premiação de US$ 10 mil), dois challengers (torneios de uma semana e premiação de US$ 50 mil) e a Copa Davis contra os EUA, têm custos maiores. A Davis realizada em Ribeirão Preto, em fevereiro, custou cerca R$ 400 mil, de acordo com Paulo Campos, 44, um dos organizadores. Para a edição deste mês, pelo playoff do Grupo Mundial, contra a Nova Zelândia, em Florianópolis, estima-se que os custos sejam "apenas um pouco menores." Para a primeira etapa da Copa Ericsson, um circuito de sete semanas de torneios challengers com premiação de US$ 100 mil em cada um, calcula-se gasto de R$ 280 mil em sua realização. O evento será disputado na semana do dia 23 deste mês, no Clube Pinheiros, em São Paulo. Copa Davis Brett Steven, 60º na ATP, Alistair Hunt, 226º, Mark Nielsen, 309º, e James Greenhalgh, 664º, são os jogadores da Nova Zelândia que jogarão contra Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni, Jaime Oncins e André Sá, do Brasil, nos dias 19, 20 e 21, em Florianópolis, por uma vaga no Grupo Mundial da Davis. Texto Anterior: Brasil esportivo Próximo Texto: Goodyear testa outro composto para minimizar fracasso em 97 Índice |
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