São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997 |
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PSDB estuda oferecer vaga de vice ao PFL
LUÍS COSTA PINTO
Quanto às alianças, a prioridade dos tucanos é atrair o PFL de volta à coligação que elegeu Covas em 1994. A idéia é oferecer o cargo de vice-governador ao PFL, de preferência acomodando ali o senador Romeu Tuma (PFL-SP), e deslocar o atual vice-governador, Geraldo Alckmin, para disputar a única vaga disponível de senador. Os pefelistas foram expulsos do governo estadual porque o partido apoiou Celso Pitta (PPB) contra o senador José Serra (PSDB-SP) na eleição para prefeito da capital paulista no ano passado. Quanto ao discurso, a ordem do momento é muito clara: usar o escândalo da suposta compra ilegal de frangos feita pela Prefeitura de São Paulo, durante a administração do ex-prefeito Paulo Maluf (1993-1996), para obrigá-lo a se defender nos palanques. Tempo na TV Atrair o PFL para o palanque de Covas é importante porque, calculam os estrategistas da campanha tucana, os pefelistas terão direito a cerca de oito minutos diários no programa de propaganda eleitoral do rádio e da TV. Na avaliação de um dos encarregados da propaganda política do governador Mário Covas, o tempo que o PFL dispõe no rádio e na TV é excelente para o Covas mostrar o que está fazendo pelo Estado e, nas mãos do Maluf, caso ele atraia os pefelistas, serão oito minutos preciosos para que ele continue se defendendo. Frangogate A utilização política do escândalo do fornecimento supostamente irregular de coxas e sobrecoxas pela empresa do cunhado de Maluf (que comprava, por sua vez, frangos da empresa da mulher do então prefeito) já começa a ser articulada dentro do PSDB. "Onde o Maluf estiver discursando ou visitando, falando de suas propostas de campanha, teremos um dos nossos distribuindo frangos. Será uma campanha deliciosa", antecipa o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP). O deputado, vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados e um dos parlamentares tucanos mais ligados ao governador de São Paulo, afirma que a decisão pela candidatura de Covas à reeleição já está tomada. "O PSDB não pode ter outro candidato. O nosso nome é o Covas. Ele será candidato à reeleição e não há dentro do partido qualquer dúvida quanto a isso", afirma Madeira. Pesquisa Uma pesquisa de circulação interna encomendada pelo PSDB paulista para avaliar o desempenho eleitoral dos principais candidatos ao governo do Estado deu ânimo aos que defendem a candidatura de Covas à reeleição. Na cidade de São Paulo, o ex-prefeito Paulo Maluf estaria praticamente empatado com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que vai disputar a eleição para o Senado, e Covas apareceria em terceiro lugar. No interior do Estado, os índices de Suplicy seriam baixos, e Maluf cresceria, acompanhado de Covas. Na totalização da pesquisa em todas as regiões de São Paulo, cujos percentuais totais não foram revelados pela assessoria de campanha do PSDB, Maluf estaria estacionado com cerca de 30% das intenções de voto e o governador Mário Covas estaria em ascensão, aproximando-se de 20% das intenções de voto. Na última pesquisa de intenção de voto no Estado de São Paulo feita pelo Datafolha, com entrevistas realizadas nos dias 1º e 2 de julho, Paulo Maluf aparecia com 30%, crescimento de nove pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Francisco Rossi (PDT) aparecia em segundo lugar com 17%, estatisticamente empatado com Covas, citado por 16%. Texto Anterior: FRASES Próximo Texto: Partido tem novas adesões Índice |
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