São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997
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Professores suspendem greve em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram ontem suspender a greve iniciada na quinta-feira, mas permanecer em estado de greve até o dia 23, quando realizam assembléia para determinar se haverá paralisação por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada depois de assembléia, ontem, em frente ao Masp, na avenida Paulista (região central de São Paulo). O encontro reuniu cerca de 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar. A categoria tem 235 mil professores.
A principal reivindicação dos professores é o aumento do piso salarial de R$ 286,55 para R$ 600,00.
Para a Secretaria de Estado da Educação, a adesão à paralisação foi muito baixa no primeiro dia. Somente 3% das escolas de São Paulo e Grande São Paulo tiveram suas atividades 100% paralisadas. Em 7%, os trabalhos foram parcialmente afetados.
Ontem, segundo a secretaria, somente 10% dos 235 mil professores aderiram à greve. A Apeoesp (sindicato dos professores) insiste em que a adesão foi de 55% nos dois dias.
O presidente da Apeoesp, Roberto Felício, atribuiu a decisão de suspender a greve ao fato de que duas reuniões estão agendadas com a secretária de Estado da Educação, Rose Neubauer, sobre o plano de carreiras.
A primeira reunião está programada para segunda-feira, às 9h.
Calendário
A Apeoesp pretende, até o dia 23, fazer paralisações às quartas e sextas-feiras. Nesses dias, o objetivo é suspender as duas últimas aulas para discutir o andamento das negociações com a Secretaria da Educação.
Para o dia 19, está prevista uma paralisação o dia todo.
As negociações com a secretaria estão previstas para terminar só no dia 30.
Mas a Apeoesp pretende conseguir uma contraproposta da secretaria até o dia 22, um dia antes da assembléia.
Abono
A secretária Rose Neubauer havia anunciado na última terça-feira um abono para a categoria, oscilando entre R$ 30 a R$ 120, a partir do dia 1º de outubro.
Os professores da 1ª à 4ª série receberão R$ 60, os da 5ª à 8ª, R$ 90, e os diretores e supervisores, R$ 120, independentemente do tempo de serviço.

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