São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997 |
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Revisão confunde bancos
MAURICIO ESPOSITO
Desde que o governo admitiu erros na contabilização das informações por meio do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), na última quinta-feira, uma onda de boatos invadiu o mercado. Embora o governo tenha afirmado que a correção não deva representar grande alteração nos números já divulgados, muitos economistas afirmam que a diferença pode ser significativa- de US$ 900 milhões a US$ 1 bilhão a menos em importações. "O erro pode ter sido grande, já que todo registro no Siscomex tornou-se importação efetiva", avaliou Dani Rapapport, economista-chefe do Banco Santander no Brasil. A sua última previsão sobre o desempenho da balança comercial em 1997 era de um déficit de US$ 10,5 bilhões. "O Siscomex ainda está em implantação e é razoável apresentar problemas como esse", avaliou o economista Roberto Padovani, da Trend Consultoria Econômica. "Nos Estados Unidos os dados sobre a balança comercial são revistos sempre", disse. Carlos Kawall, economista-chefe do Citibank, continua mantendo sua projeção inicial de um déficit comercial neste ano de US$ 11,3 bilhões. "O governo disse que a correção é desprezível", afirmou. Para ele, o fato de ocorrer uma revisão nos números pode lançar dúvidas sobre a credibilidade das informações sobre as importações. O governo chegou a cogitar que o erro teria sido originado na digitação dos registros por parte de alguns importadores. "Digitação não é problema", disse Roberto Gianetti da Fonseca, diretor da Silex Trading."É melhor esperar que a Receita Federal apure a causa". Texto Anterior: Como funciona o registro de importações Próximo Texto: Manufaturados vendem mais 5% Índice |
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