São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997
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Receita Federal vai multar Edmundo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Receita Federal irá multar o atacante Edmundo, do Vasco, por sonegação de Imposto de Renda.
Edmundo, que nunca declarou o imposto, terá que pagar os atrasados dos últimos cinco anos com juros e correção monetária.
O atleta, que recentemente chamou de "paraíba" o árbitro cearense Dacildo Mourão, teve sua vida fiscal investigada por um auditor da Paraíba.
O jogador ainda poderá apresentar recurso contra a multa.
A Folha apurou que a Receita Federal também está investigando outros quatro atacantes: Renato Gaúcho e Sávio, do Flamengo, e Túlio e Bebeto, do Vitória (BA).
Nenhum deles foi ainda multado pela Receita Federal.
Outro que está sob investigação há mais tempo é Ronaldinho, da Inter de Milão Itália). Há algumas semanas, a Receita multou outro atacante da seleção: Romário.
A fiscalização da Receita inclui os principais jogadores dos clubes de futebol da primeira divisão ou os que tiveram seu passe vendido para o exterior nos últimos cinco anos.
Os dirigentes dos clubes e empresários responsáveis pela venda de jogadores para o exterior também estão sendo investigados. É o caso, por exemplo, do empresário Juan Figger, que teve duas empresas consideradas inaptas.
Com isso, ele não pode abrir novas empresas no Brasil e também não pode ser sócio de empresas brasileiras. Apesar de considerar as empresas inaptas, a Receita Federal não multou o empresário.
No caso dos dirigentes, os fiscais da Receita Federal já descobriram indícios de irregularidades em alguns clubes. Embora isentos do recolhimento do Imposto de Renda, eles estariam remunerando dirigentes, o que seria ilegal.
Depois de concluída a fiscalização, os diretores desses clubes serão convidados para apresentar suas explicações.
A Receita também examina a proposta apresentada pelo ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, para reformulação do futebol.
A principal preocupação é com a manutenção de incentivos fiscais para os clubes que se transformarem em empresas. A Receita não vê com simpatia os artigos sobre incentivos fiscais.

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