São Paulo, sábado, 6 de setembro de 1997 |
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Brasil vê Camille Claudel pela primeira vez
CELSO FIORAVANTE
A mostra inaugura o projeto Pinacoteca no Parque, que significa a transferência de parte do acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo e de sua programação para o antigo prédio da Prefeitura de São Paulo, enquanto a Pinacoteca está em reformas. A Pinacoteca deve retomar suas atividades no prédio do Jardim da Luz em 25 de janeiro de 1998. A mostra apresenta 43 esculturas (em bronze, mármore e ônix), 20 fotografias, quatro desenhos, duas pinturas e duas cartas da artista, que ficou conhecida mundialmente mais pelo fato de ter sido amante de Rodin e ter tido um trágico fim -passou os 30 anos finais de sua vida internada em manicômios- do que por seus dotes artísticos. Em entrevista ontem para apresentação do evento, a curadora Reine-Marie Paris de la Chapelle falou sobre a importância da artista. "Camille Claudel exprime suas obsessões de mulher, amor e morte. Essa é a história da alma de uma mulher que quer se expressar." No Brasil, serão expostas peças importantes, como a estátua em mármore "Perseu e a Medusa" (1898/1901) e uma versão em bronze de "Sakountala" (1888), além de obras de sua primeira produção, como o busto em bronze de "Bismarck" (1879). O Pavilhão das Artes Manoel da Nóbrega retoma definitivamente com a mostra sua vocação original, da época em que foi concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer, de abrigar eventos culturais. No ano passado, abrigou a mostra "Antarctica Artes com a Folha", que reuniu trabalhos de 62 artistas plásticos emergentes de todo o país. (CF) Mostra: Camille Claudel (esculturas, desenhos, pinturas, fotografias e cartas) Onde: Pavilhão das Artes Manoel da Nóbrega (portão 10 do parque Ibirapuera, tels. 011/549-8577 e 549-8073) Vernissage: segunda, às 19h Quando: terça e sexta, das 10h às 21h; quarta, quinta, sábado e domingo, das 10h às 18h; fechado às segundas-feiras; até 7 de dezembro Quanto: R$ 5 e R$ 2 (estudantes); menores de sete anos e maiores de 65 não pagam; entrada franca às quintas-feiras Texto Anterior: Japoneses têm sua hora Próximo Texto: Rio tem mostras de Di Cavalcanti Índice |
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