São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Força política coincide com investigações

DA REPORTAGEM LOCAL

A reestruturação política da família de PC Farias coincide com a retomada das investigações sobre morte do empresário alagoano e sua namorada, Suzana Marcolino.
As apurações estão sob a responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, obviamente controlada pelo governador interino do Estado, Manoel Gomes de Barros.
Anteontem, a secretaria definiu o nome do delegado que comandará a nova etapa de investigações: será o titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Maceió (AL), Jobson Cabral.
A função é considerada ingrata dentro do próprio governo estadual. Ele foi o sexto delegado a ser consultado para assumir o trabalho. Os cinco anteriores se recusaram a coordenar as apurações.
Com fama de corajoso, o delegado Cabral foi o homem que prendeu Joãozinho Malta, irmão da ex-primeira-dama Rosane Collor, e dois filhos do ex-governador alagoano Geraldo Bulhões.
Inquérito aberto anteriormente no âmbito da mesma secretaria concluiu que o crime que resultou nas morte de PC teria sido passional, descartando qualquer possibilidade de motivação política ou queima de arquivo.
As investigações estão sendo reabertas a pedido do Ministério Público estadual.
Existe a possibilidade de participação da Polícia Federal nas apurações. O juiz Jorge Correia de Lima, da 8ª Vara da Justiça Criminal de Alagoas, responsável pelo caso, disse que não via obstáculos na colaboração da PF.

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