São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Einstein também tem aparelho

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital Israelita Albert Einstein também possui acelerador linear, mas restringe seu uso para o tratamento de malformações arteriais e venosas (quando as veias ou as artérias do cérebro são defeituosas) e de tumores cerebrais.
"Ainda não há comprovação de que a radiocirurgia seja um procedimento adequado para a epilepsia, assim que se tornar um mecanismo seguro e adequado, o hospital poderá fazê-lo", diz Reynaldo Brandt, 53, presidente do Albert Einstein e neurocirurgião.
A equipe da radiocirurgia do Einstein, como na Beneficência Portuguesa, é multidisciplinar. Para a realização de uma sessão é necessária a presença de radioterapeuta, oncologista, neurologista, patologista, imagenologista, biomédicos e enfermeiras. Isso só para a parte que envolve a medicina.
Além de todos esses profissionais também é preciso haver um físico. Esse é o profissional que monitora todo procedimento por um computador.
O computador reproduz em três dimensões a cabeça do paciente e mostra em tamanho natural o tumor e o cérebro. O físico é o responsável por fazer todos os cálculos necessários para que os feixes de energia atuem exatamente sobre o tumor ou a malformação.
"Isso é fundamental. É preciso evitar que a irradiação não passe perto dos olhos ou do tronco cerebral, por exemplo, diz Debora Russo, física do hospital da Beneficência Portuguesa.
Segundo Brandt, o uso da radiocirurgia vem se mostrando eficaz para o tratamento de tumores benignos ou malignos. "O procedimento interrompe o crescimento do tumor ou o reduz."
O neurocirurgião diz que os casos mais comuns são os de metástase, quando um segundo tumor se forma em local diferente, a partir de um tumor primário. "A metástase cerebral, infelizmente, está entre as mais comuns. Principalmente, se a origem é um câncer de pulmão."

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