São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Filha pede que mãe não registre assalto

DA REPORTAGEM LOCAL

A mãe da empresária Monica Kruglianskas, 26, foi dominada por dois ladrões, colocada no porta-malas de seu Monza e levada a vários caixas eletrônicos. Os ladrões sacaram R$ 5.000 e a libertaram duas horas depois, mas a polícia não soube de nada.
A filha aconselhou a mãe a não dar queixa do assalto à polícia. "Eu recomendei que ela não fosse à polícia. Ela só iria perder tempo." A mãe de Mônica foi pega quando chegava em casa e acabou sendo libertada em Guarulhos. O Monza foi achado em seguida, pela própria família.
Um ano depois, a empresária não avisou a polícia quando anotou as placas de um carro que bateu propositalmente no que ela dirigia. "Ninguém iria fazer nada".
Monica conta que, no início do ano, estava dirigindo sua Parati de Vinhedo (interior de SP), onde mora, para São Paulo, pela rodovia dos Bandeirantes.
"Estava a 110 km/h, pela pista da esquerda, quando um Audi tentou me ultrapassar. Como eu demorei para mudar de pista, ele me deu uma batida por trás, de propósito", relata.
Imediatamente, ela anotou as placas do Audi na intenção de denunciar o motorista à polícia. Mas, no caminho, mudou de idéia.
"Ninguém iria atrás do motorista. Mesmo se fossem, o cara é rico e não iria ser preso", reclama. "O cara tem o direito de ser um animal, mas é duro não ter a quem recorrer."

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