São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Clássico trai tradição e busca pontaria

ARNALDO RIBEIRO e RODRIGO BERTOLOTTO

ARNALDO RIBEIRO; RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo e Palmeiras trocam ofensividade do passado por precaução e cobram eficiência dos finalizadores

Palmeiras e São Paulo devem entrar em campo nesta tarde com estilo bem distante da ofensividade que marcou os dois times paulistas mais vencedores na década.
Hoje, as equipes são mais marcadoras, mais faltosas e finalizam menos e pior que os antecessores.
A guinada é comprovada pelos números do Datafolha e pelas filosofias dos técnicos, oriundos de locais onde o futebol é contato puro: o Uruguai, do são-paulino Dario Pereyra, e o Rio Grande do Sul, de Luiz Felipe Scolari.
"Meus times não são para jogar bonito. Quero que eles cometam todas as faltas necessárias e permitidas. Mas não quero excesso para não perder nenhum jogador por expulsão", assume o palmeirense.
"No futebol moderno, não existe jogo aberto. Gosto do estilo do Luiz Felipe, futebol de resultados e pegada", confirma Dario.
O Palmeiras atual cria menos chances que o de Márcio Araújo, no Paulista-97, e o de Wanderley Luxemburgo, do Brasileiro-96.
Atualmente, o time tem 16,7 finalizações por jogo, contra 19,2 e 20,2 das equipes anteriores.
Em compensação, se aproxima da média de 14,6 oportunidades de gol que tinha o Grêmio de Scolari, campeão brasileiro de 96.
Outro dado que comprova a semelhança entre as duas equipes dirigidas pelo treinador é a quantidade de faltas cometidas.
O Palmeiras dele faz uma média de 27,4 faltas por partida, enquanto o Grêmio fazia 27,8. "O time tem de fazer faltas táticas para parar o jogo", diz o zagueiro Cléber.
A principal debilidade do São Paulo de Dario é a finalização, fundamento mais cobrado por ele.

LEIA MAIS sobre o Campeonato Brasileiro às págs. 4-2 a 4-7

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