São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997
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Scolari guarda voz para partida

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

A poluição, o ar seco dos últimos dias e a rotina de gritos de Luiz Felipe Scolari acabaram por provocar rouquidão, ardência na garganta e pigarro ao técnico do Palmeiras nesta última semana.
Anteontem, o treinador ficou sentado e quieto durante o treino coletivo, que chegou a ser ríspido.
"Estou falando um pouco menos para poder chegar ao jogo e berrar o quanto eu precisar", afirmou Scolari.
No treino de sexta-feira, vários jogadores se chocaram forte. Titulares como Viola, Cléber e Amaral acabaram no chão depois de encontrões com os companheiros.
"O treino foi bom. É assim que eu gosto", disse Scolari.
Para o meia Zinho, os treinos mais disputados são normais em equipes de ponta. "Os reservas querem mostrar serviço. Eles fazem mais faltas e exigem mais dos defensores titulares."
Segundo o zagueiro Cléber, esses treinos são sinal de que o time está com muita disposição. "Quando os jogadores dividem e disputam todas as bolas, a coisa vai bem."
Mesmo assim, Scolari continua se queixando dos erros nos passes de seus meio-campistas e nas finalizações do ataque.
Scolari também não concorda com as opiniões que apontam as excursões aos EUA e à Espanha como causa da instabilidade do time no Campeonato Brasileiro.
"Você fica em um hotel bacana, recebe um cachê de US$ 1 mil e tem tempo até para namorar. Isso faz bem, não faz mal."
(RB)

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