São Paulo, domingo, 7 de setembro de 1997 |
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Morte de Solti tira de atividade homem que levou 32 Grammy Maestro dizia que "jantaria com Lúcifer para reger" IRINEU FRANCO PERPÉTUO
Solti tinha afinidade especial com o estúdio -ganhou o Grammy 32 vezes, cifra não igualada por nenhum músico, erudito ou popular. Nascido em Budapeste, em 1912, Solti começou a estudar piano aos 6, fazendo a primeira aparição em público aos 12. Judeu, sofreu com as leis racistas de seu país. Imigrou para a Suíça, onde também enfrentou problemas e, impedido de reger, voltou ao piano -vencendo o Concurso de Genebra, em 1942. Logo após a Guerra, um convite das autoridades americanas para reger "Fidelio" na Ópera Estatal de Munique levou-a à direção da casa, que ocupou entre 1946 e 1952. Solti deixa no catálogo de sua gravadora, a Decca, mais de 250 itens, incluindo 45 óperas completas -algumas históricas, como a primeira integral em estúdio da tetralogia "O Anel dos Nibelungos", de Richard Wagner. Fora dos estúdios, foi diretor musical da Royal Opera House, em Londres de 61 a 71. Elevou o nível das exibições da Royal, e o reconhecimento veio quando o Reino Unido lhe outorgou, em 72, a cidadania britânia e o título de Sir. Dirigiu também a Sinfônica de Chicago (entre 69 e 91), com a qual gravou mais de 50 discos. Só a morte para frear o ímpeto de quem dizia que "jantaria com Lúcifer para reger". Texto Anterior: Palestinos acusam direita de Israel por atentado Próximo Texto: São Paulo vai virar Nova York Índice |
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