São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997 |
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Frangogate encerra fase de depoimentos Promotor espera dados do BC IGOR GIELOW
Com mais de 3.000 páginas de informação, o promotor Alexandre de Moraes depende agora de dados provenientes do Banco Central para conseguir aprofundar sua investigação. Esses dados são relativos às movimentações financeiras entre a Inversora Rineos S/A uruguaia e a A D'Oro Alimentícia. A A D'Oro pertence ao cunhado de Paulo Maluf, Fuad Lutfalla, e forneceu 823 toneladas de frango à prefeitura nas gestões do pepebista e de seu sucessor, Celso Pitta (também do PPB). A Rineos colocou US$ 7 milhões entre 1991 e 1996 na A D'Oro, mesmo não tendo esse capital declarado e sendo uma empresa de fachada em Montevidéu. A A D'Oro também é investigada porque comprou, no período em que fornecia coxas e sobrecoxas à prefeitura, frangos vivos para abate da Obelisco -empresa da mulher de Maluf, Sylvia, que tem como sócia sua filha Ligia. Ontem depôs o assessor de imprensa Marcelo Fagá, da prefeitura paulistana, chamado devido a depoimento de um jornalista do "Jornal do Brasil", que atribuiu a ele a informação de que Nicéa Pitta teria ganho dinheiro com frango. A atual primeira-dama afirma que trabalhou como estagiária não-remunerada na A D'Oro. Fagá disse que comentou sobre uma reportagem que fizera em maio de 1995 sobre os Pitta, lembrando que Nicéa havia trabalhado, mas não ganho dinheiro, com frango anteriormente. Fagá negou que tenha falado em nome do prefeito Pitta e sobre atividades mais recentes envolvendo a primeira-dama. Texto Anterior: Pizzas provocam instalação de CPI Próximo Texto: Projeto pode taxar videocassetes e fitas Índice |
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