São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997
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Família fica 36 horas em cativeiro

DA FOLHA VALE

A empresária Mylene Aparecida Raspa Romani, 29, de Jacareí (68 km de SP), e os filhos Rafilis, 6, e Ludmila, 4, foram encontrados na madrugada de ontem pelas polícias de São José dos Campos (97 km de São Paulo) e Jacareí, depois de terem sido mantidas 36 horas em cativeiro. Mylene e os filhos foram sequestrados por volta das 14h30 de domingo em frente de sua casa, em Jacareí.
Os supostos sequestradores, Ismael Moraes da Silva e João Batista Tomaz, foram presos e levados à Cadeia Pública de Jacareí.
O primeiro contato dos sequestradores foi na noite de domingo. Eles exigiram um resgate de R$ 750 mil para libertar os reféns.
Após negociações com a família, o valor do resgate foi reduzido para R$ 20 mil. Todas as ligações dos sequestradores foram monitoradas pela polícia.
Os policiais conseguiram descobrir que as últimas ligações dos sequestradores foram feitas no telefone público do 1º DP de Jacareí. O cativeiro foi descoberto à 1h30, na rua 8, Jardim Santa Cecília 1 -área rural de São José.
Segundo um dos irmãos de Mylene, o piloto de motocross Ricardo Raspa, 32, ela e os filhos ficaram presos por 36 horas dentro em uma área de 2,5 m2.
Eles estavam acorrentados. Segundo a polícia, o cativeiro foi construído há dois meses para abrigar as vítimas do sequestro.
A PM acredita que os sequestradores da empresária Mylene Aparecida Raspa pretendiam matá-la após o recebimento do resgate.
A conclusão vem do fato de os sequestradores não estarem usando capuzes no contato com os reféns. A falta de capuzes possibilitou o reconhecimento de um deles por Mylene.

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