São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997
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Bolsa se recupera e fecha com mais 0,42%

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de tomar a crise cambial colombiana como pretexto para fechar em baixa na segunda, a Bolsa de Valores de São Paulo encerrou em clima positivo, ontem.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, fechou com pequena alta de 0,42%, após ter recuado 0,98%, na mínima do dia.
O decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) a favor do aumento de capital da Telebrás ocorrido em 1990, que era esperada com ansiedade, não teve o efeito esperado de derrubar o preço das ações da empresa.
Especulava-se que o aumento de capital diluiria o valor dos papéis, provocando a sua queda na Bolsa.
O Ministério Público havia movido uma ação considerando o aumento de capital prejudicial aos acionistas e, enquanto não saía a decisão final da Justiça, as ações surgidas do aumento de capital foram transformadas em recibos, chamados de Tel-5.
Agora, com a decisão do STJ, uma assembléia de acionistas poderá homologar a transformação dos recibos em ações.
Logo após o anúncio da decisão, Telebrás PN chegou a cair para R$ 141,00. Mas a pressão não se sustentou e o papel fechou a R$ 143,50, com alta de 0,84%.
Os recibos de Telebrás, que também são negociados na Bolsa, fecharam com alta de 17,8%, cotados a R$ 99,00, portanto ainda bem abaixo de Telebrás PN.
Isso, para alguns analistas, reflete dúvidas do mercado em relação à aprovação do aumento de capital em assembléia.
Hoje, dois fatores poderão impulsionar a Bolsa. A apresentação que o ministro Sérgio Motta fará sobre o modelo de privatização da telefonia fixa e a notícia de que o déficit da balança comercial no primeiro semestre foi reduzido em US$ 859 milhões, após as correções.
Câmbio
Uma grande entrada líquida de dólares ajudou a pressionar a moeda norte-americana para baixo. Segundo algumas mesas de operação, o saldo positivo pelo comercial teria ficado próximo a US$ 900 milhões, dos quais cerca de US$ 600 milhões vindos do pagamento da privatização da usina de Cachoeira Dourada.
O dólar comercial fechou a R$ 1,0910 para venda, abaixo dos R$ 1,0916 da segunda-feira.

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