São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997
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Renault vai produzir 3 carros no país

Produção começa em 1998

MAURO ARBEX
ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

A montadora francesa Renault vai produzir dois novos modelos no Brasil, além da van Mégame Scénic. Já em 1998, a Renault deve começar a produzir, na fábrica que está sendo construída em São José dos Pinhais (PR), o sucessor do Clio, veículo compacto de passeio que atualmente é importado.
No ano 2000, a montadora deve iniciar a produção no Brasil do Kangoo, um veículo utilitário lançado no salão do automóvel de Barcelona, em maio último, e que começa a ser vendido neste mês na Europa. As novidades foram anunciadas ontem pelo presidente mundial da montadora, Louis Schweitzer, na abertura para a imprensa do 57º Salão de Automóvel de Frankfurt, na Alemanha.
O salão -o maior já realizado no mundo e que será aberto ao público a partir de amanhã- deverá receber até o dia 21 mais de um milhão de visitantes. Com 210 mil metros quadros de área total, o salão conta com 1.080 expositores (onze do Brasil), de 41 países.
Segundo Schweitzer, a unidade do Paraná terá condições de ofertar os três modelos. "A empresa quer ir o mais rápido possível. Desde março de 96, quando foi anunciada a decisão de produzir no Brasil, até o primeiro carro, será muito pouco tempo", disse.
A Renault pretende fabricar os primeiros cem veículos no país até o final de 98. Em 99, a produção deve chegar a 40 mil carros e no ano seguinte a 80 mil. A capacidade máxima -de até 120 mil veículos- deve ser atingida em 2002.
A montadora ainda não definiu que modelo vai priorizar. "Vai depender da resposta comercial. A fábrica no Brasil será flexível."
A capacidade de produção, de 20 carros por hora, poderá dobrar com a colocação de mais equipes de trabalho. "Temos condições de acompanhar o crescimento do mercado".
Schweitzer negou que a Renault pretenda "puxar o freio" na fábrica de São José dos Pinhais.
Conforme Raymond Jahiel, diretor-presidente da Renault Comercial do Brasil, as vendas de carros da marca no país devem dobrar a cada ano de 97 a 2000.
Este ano, as vendas devem somar de 11 mil a 13 mil unidades; em 98, 22 mil; em 99, 50 mil; e no ano 2000, 100 mil. Em 2001, a expectativa da empresa é comercializar 150 mil veículos.
O número de concessionárias no país -hoje em 26- deve chegar até 45 no final do ano.
Segundo Schweitzer, o prejuízo do grupo no mundo, superior a US$ 900 milhões em 96, já está sendo revertido. Amanhã, a Renault apresenta os seus resultados do primeiro semestre.
O novo modelo do Astra, da General Motors, que está sendo apresentado no salão de Frankfurt, deverá ser produzido no Brasil a partir do segundo semestre de 1998, conforme apurou a Folha. O Astra deve substituir o Kadett.

O jornalista Mauro Arbex viaja a convite da montadora Renault.

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