São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 1997 |
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Náutico inaugura patrocínio rotativo
FÁBIO GUIBU
Com isso, pretende reduzir a crise financeira que quase levou o clube a ter sua sede leiloada para quitar uma dívida de R$ 1,22 milhão com o FGTS. Sem o apoio de empresas dispostas a dividir as despesas do clube, o Náutico apelou para empresários-torcedores e conseguiu "patrocínios relâmpagos", válidos por apenas um jogo. A cada partida o time se apresenta com nomes de diferentes empresas estampados nas camisas dos jogadores. Segundo o presidente do clube, Roosevelt Menezes, o esquema rende ao Náutico entre R$ 15 a R$ 20 mil por jogo. O dinheiro ajuda a cobrir a diferença entre o faturamento do clube -de R$ 100 mil por mês- e as despesas, que chegam a R$ 140 mil mensais. Até agora, três empresas -Excelsior Seguros, Café Royal e Biscoitos Confiança- têm se revezado no apoio ao time. Uma indústria de água mineral pode fechar mais um contrato. Em troca da ajuda financeira, o Náutico também participa de campanhas promocionais envolvendo seus patrocinadores. Em dois jogos, o torcedor pôde entregar um pacote de café Royal para assistir à partida, em vez de comprar ingresso. A mesma promoção foi feita uma vez com o biscoito Confiança -que custa cerca de R$ 1,60 (uma entrada de geral custa R$ 5,00). "A empresa comprou 4.000 bilhetes e nós arrecadamos quase 5.000 pacotes de bolachas", disse Menezes. Todos os produtos arrecadados, afirmou, são doados a entidades beneficentes. Com apenas duas vitórias em cinco jogos, a equipe luta contra o rebaixamento. Para piorar, há três semanas, o Náutico perdeu um amistoso para o Íbis, tido como o "pior time do mundo", por 1 a 0. O técnico Homero Cavalheiro foi dispensado anteontem e substituído por Hugo Benjamim. O novo treinador tem à disposição um elenco com 40 jogadores, responsável por uma folha de pagamento de R$ 70 mil mensais -metade da despesa do clube. Texto Anterior: Este não é o momento de Taffarel Próximo Texto: Torcedor doa cimento Índice |
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