São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997
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Secretário de Governo não comenta caso

IGOR GIELOW
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal de Governo, Edevaldo Alves da Silva, afirmou por meio da assessoria de imprensa da prefeitura que não comentará o caso da contratação de Ricardo Acras.
Segundo a assessoria, Silva só irá se pronunciar em juízo. O secretário não costuma conceder entrevistas desde que assumiu o cargo, na gestão Maluf.
Prodam e TCM
A Prodam informou que também só iria comentar o caso à Justiça. Segundo o assessor de imprensa Jorge Aguiar, o departamento jurídico da empresa deve enviar em 15 dias sua posição ao juiz Egberto de Almeida Penido.
O presidente do TCM, Walter Abrahão, afirmou que "sabia superficialmente" do caso e que ele estava sendo tratado pelo departamento jurídico do órgão.
Segundo Abrahão, o advogado responsável não iria dar entrevistas, mas já teria sua defesa encaminhada à Justiça. A reportagem não localizou a defesa na 4ª Vara da Fazenda Pública até ontem.
"O que posso dizer é que, quando soubemos do problema, devolvemos o funcionário para a Prodam", afirmou o presidente, que disse ser difícil localizar Francisco Gimenez. O ex-presidente do tribunal se aposentou no ano passado e, segundo Abrahão, está adoentado. A reportagem não o localizou.
A Folha também não encontrou Vicente Sampaio, que era o presidente da Prodam quando ocorreu a recontratação de Ricardo Acras. Deixou recado em sua secretária eletrônica, mas o ex-presidente não ligou de volta.
O funcionário
Ricardo Acras, por sua vez, se considera um "réu confesso". Afirma que estava errado ao chantagear seus ex-chefes, mas diz que aceitou ser recontratado "de propósito".
"Eu fiz tudo isso para mostrar como as coisas são lá dentro", afirmou Acras, que hoje está desempregado e até agora não procurou um advogado para preparar sua defesa à Justiça.
Ele afirma que quer alegar ao juiz Egberto Penido que sua recontratação foi apenas um estratagema para "denunciar o esquema da Prodam".
(IG)

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