São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997
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Everett rouba a cena de Roberts

NAIEF HADDAD

Em "O Casamento do Meu Melhor Amigo", o reencontro de Julia Roberts com a comédia romântica e, por tabela, com o sucesso -pelo menos nos EUA-, quem se sobressaiu foi o coadjuvante (?) Rupert Everett.
Não que a atriz desaponte (a atuação ao lado de Woody Allen em "Todos Dizem Eu te Amo" lhe fez bem). Mas no papel do editor George, o inseparável amigo gay da crítica de gastronomia Julianne (Roberts), Everett dribla os estereótipos que o papel traz como armadilhas e revigora o filme que, sem ele, cairia na classificação "simpático".
É mais uma comédia romântica do diretor australiano P. J. Hogan. Aqui narra a história de Julianne que se vê apaixonada pelo seu melhor amigo, um jornalista de esportes, às vésperas do casamento do rapaz. Dispõe-se assim a desmanchar o relacionamento.
Neste seu primeiro filme norte-americano, o cineasta não mantém o escracho que o tornou conhecido em outro casamento, o de Muriel. Hogan preserva, no entanto, algum charme bobo alegre do cinema da Oceania e, como não é tolo nem nada, entrega o final a Everett.

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