São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997
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Inseto vem de cruzamento

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A abelha "africanizada", responsável pelos ataques no Paraná, é resultado do cruzamento de abelhas européias (Apis melifera melifera) com africanas (Apis melifera scutellata).
A abelha européia já existia no Brasil quando a abelha africana foi introduzida no país, em 1956, pelo pesquisador Warwick Stevan Kerr, 75, chefe do Departamento de Genética da Universidade Federal de Uberlândia (MG).
As abelhas africanas foram trazidas de Moçambique e da África do Sul, a pedido do presidente Juscelino Kubitschek, que queria incrementar a exportação de mel e derivados. Em 57, alguns enxames escaparam e se espalharam pelo país.
Quando uma pessoa recebe uma ferroada de abelha, pode sofrer desde irritação local até morte por envenenamento ou choque anafilático. As abelhas fêmeas têm um ferrão na parte posterior do abdômen. Na picada, o ferrão se desprende e leva uma glândula de veneno.
Em contato com o organismo, o veneno pode provocar só reação alérgica -o local fica avermelhado, dolorido e coça durante cerca de duas horas.
Quando a vítima recebe múltiplas picadas -acima de cem, nos adultos-, pode ter envenenamento por reação tóxica.
Neste caso, o veneno pode provocar, primeiro, vermelhidão por todo o corpo, coceira e calor. Em seguida, queda de pressão sanguínea, taquicardia, dor de cabeça, náusea, vômitos e falta de ar, que pode provocar a morte da vítima.
Em casos de reação alérgica anafilática (o organismo reage de forma exagerada ao veneno), há comprometimento do sistema respiratório, matando por asfixia em poucos minutos.

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