São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 1997
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Amistoso não define 4 vagas pendentes

ARNALDO RIBEIRO
DO ENVIADO A SALVADOR

A fragilidade do adversário e a precária atuação da seleção brasileira impediram que o técnico Zagallo avançasse na definição das quatro vagas restantes no time-base para a Copa da França.
O treinador ainda não sabe quem serão os dois zagueiros titulares, o meia-direita e o atacante que formará dupla com Ronaldinho.
"Eu esperava que o Equador exigisse mais da seleção, pela campanha que fez na Copa América e nas eliminatórias", disse.
"Coloquei três zagueiros (Júnior Baiano, Gonçalves e Cléber) para jogar, por exemplo, mas não posso dizer que a partida serviu de teste para a defesa", acrescentou.
Nas outras duas vagas indefinidas, a meia e o ataque, quem jogou não agradou.
Rivaldo não se deu bem pelo lado direito do meio-campo, aumentando a cotação de Leonardo.
No ataque, Zagallo até agora não pôde desistir de Romário. Todos os concorrentes do polêmico atacante do Valencia não convenceram. Anteontem, Dodô foi só um pouco melhor que Ânderson.
Além de Leonardo e Romário, outros jogadores que conquistaram o Mundial de 94, nos EUA, podem voltar a ter chance.
Zinho, que entrou no final contra o Equador, e Bebeto, que estava na lista para o amistoso, mas foi cortado por contusão.
Zagallo tentou dissimular, elogiando os novatos. "Gostei do Rivaldo, do Ânderson e do Dodô. Da movimentação de todos eles."
Quanto ao gol, os preferidos são mesmo Taffarel e Germano.
Segundo o técnico, se a Fifa permitir que um goleiro seja convocado para substituir outro contundido durante o torneio, o Brasil só levará dois da posição para a Copa.
Receita
O treinador, mais uma vez, apontou restrições na investigação da Receita Federal sobre a declaração de bens dos principais jogadores brasileiros.
Segundo ele, "a Receita tem que bater em todos os cidadãos, não só nos jogadores".
Zagallo disse também que gostaria de ver seu dinheiro descontado "bem empregado pelo governo" e considera a investigação em cima dos jogadores inoportuna.
"Por que deixaram para fazer isso perto da Copa?"
(AR)

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