São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Uma no cravo...; ...outra na ferradura; Missão impossível; Nova estratégia; Seguro eleitoral; Ironia de campanha; Estranha coincidência; De leão a gatinho; Os teleguiados; Segundas intenções; Missão ACM; Coisas diferentes; Versão oficial; Bedel agrário; Esperneio federal

Uma no cravo...
Deputados do PMDB pró-FHC ameaçam romper acordo com a oposição e o PPB quando o projeto de lei eleitoral retornar à Câmara. Argumentam que o aumento do fundo partidário para R$ 420 mi não fazia parte do acordo original.

...outra na ferradura
A oposição pode retaliar o PMDB caso o partido não recoloque o fundo partidário de R$ 420 mi na lei eleitoral. Para o PT, por exemplo, tanto faz o critério para divisão de tempo na TV, assunto que provocou a cisão entre PMDB-PPB e PSDB-PFL.

Missão impossível
O tucano paulista Walter Feldmann articula aproximação com Francisco Rossi (PDT) visando apoio à reeleição de Covas.

Nova estratégia
Um setor tucano, achando que será difícil obter o apoio do PFL a Covas, avalia que o PSDB deveria trabalhar para os pefelistas lançarem candidato próprio ao governo paulista. E, assim, tirar de Maluf (PPB) minutos preciosos do horário eleitoral.

Seguro eleitoral
Embora haja problemas também no PFL, o maior para a votação da reforma administrativa está no PMDB e no PPB. Votada a reforma, os dois partidos acham que FHC não precisará mais deles, que ficariam entregues à própria sorte na eleição.

Ironia de campanha
De Quércia, sobre a disputa pelo governo paulista: "Todos os indícios são de que os candidatos de FHC são Maluf e Covas. Não sei direito a ordem de preferência. Talvez seja essa mesma".

Estranha coincidência
O discurso de FHC ontem à tarde, num hotel em São Paulo, foi atrapalhado justamente quando o presidente falava dos benefícios do Plano Real. Do lado de fora, havia um barulhento protesto de carteiros grevistas.

De leão a gatinho
Maldade tucana sobre as fotos em que ACM e Serjão aparecem sorridentes, após almoço na quinta. "Será que o ministro ficou duas horas calado?" Na véspera, ACM dissera que Serjão, calado, era muito bom.

Os teleguiados
FHC aposta na pressão dos ministros do PMDB para manter na Câmara a lei eleitoral que vier do Senado. Iris Resende (Justiça) controlaria dez deputados. E Eliseu Padilha (Transportes), ao contrário da votação anterior, não viajaria mais na hora H.

Segundas intenções
O deputado distrital Luiz Estevão usou um gravador do mesmo tipo que o "Senhor X" (que gravou deputados confessando venda de voto na reeleição) nas conversas telefônicas com os sequestradores de sua filha, libertada ontem de madrugada.

Missão ACM
Além de Tasso Jereissati (CE) e Eduardo Azeredo (MG), Sérgio Motta está pedindo a assinatura dos outros governadores do PSDB para expulsar Nilo Coelho (BA) do partido. Já teria garantido o autógrafo de Covas (SP).

Coisas diferentes
Em discurso na Federação Israelita de São Paulo, Nelson Jobim referiu-se aos judeus da Antiguidade como os sem-terra. Aproveitando a presença na mesa do presidente do Incra, Milton Seligman, esclareceu: "Não os sem-terra do nosso Milton".

Versão oficial
Líder do PSDB no Senado, Sérgio Machado (CE) jura que o PMDB não entregou o financiamento público de campanhas pelo tempo de televisão na eleição de 98. "Foi uma vitória suada", diz. O resultado foi 10 a 9.

Bedel agrário
De Gilmar Mauro, líder do MST, sobre os grupos isolados de sem-terra: "Às vezes a gente até faz papel de pelego, de tranquilizar o movimento".

Esperneio federal
A Frente Parlamentar de Ciência e Tecnologia enviou carta ao Planalto e a entidades acadêmicas protestando contra o corte anunciado nas verbas públicas para os sistemas Capes e CNPq.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Vanderlei Macris, líder do PSDB na Assembléia paulista, sobre Maluf estar em campanha para o Palácio dos Bandeirantes:
- Maluf é um chupa-cabras do dinheiro público. Já sugou o governo de São Paulo uma vez, já sugou a prefeitura e agora está babando para pegar um governo saudável e com sangue novo.

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