São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Exame indica que d. Aloísio tem câncer no pulmão

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O exame realizado no tumor retirado na última quarta-feira do pulmão direito do cardeal-arcebispo de Aparecida (SP), d. Aloísio Lorscheider, 72, revelou que o religioso está com câncer.
O resultado do exame foi divulgado ontem pela assessoria de imprensa do hospital Sírio Libanês, onde aconteceu a operação, a pedido do próprio cardeal.
Segundo a análise dos médicos Wladimir Pereira e Angelo Fernandes, que atendem d. Aloísio, seu prognóstico é "positivo", uma vez que não há sinais de que o câncer tenha se espalhado.
Os médicos afirmaram também que foi possível retirar todo o nódulo encontrado no pulmão.
Segundo boletim médico divulgado ontem, a recuperação de d. Aloísio é "satisfatória", e ele deverá permanecer na UTI por tempo indeterminado.
O cardeal começou a se sentir mal na semana passada. Ele, inclusive, deixou de celebrar a missa do "3º Grito dos Excluídos", que aconteceu no dia 7 de setembro em Aparecida. Estava com fortes sintomas de gripe.
CNBB
D. Aloísio foi presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) entre 1971 e 1979. Antes, entre 68 e 71, foi secretário-geral da entidade. Sua atuação foi marcada pelas críticas contra o regime militar.
Nascido em Estrela (RS), o religioso também foi presidente do Celam (Conselho Episcopal Latino Americano) entre 76 e 79.
O religioso foi nomeado cardeal-arcebispo de Fortaleza (CE) em 1973. Em 95, com problemas cardíacos, ele solicitou ao papa João Paulo 2º sua transferência para uma diocese menor. Foi atendido e transferido para Aparecida.

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