São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Sequestradores usaram lava-a-jato

Policiais acharam frutas e ursinho de pelúcia

SÉRGIO LIMA; OSWALDO BUARIM JR.
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O lava-a-jato usado como cativeiro de Cleucy Meireles tem três cômodos, um banheiro e uma área coberta sem paredes.
No quarto onde ficou a menina, há dois colchões novos de solteiro sobre um pedaço de carpete. O chão é de cimento.
O quarto, que fica entre os outros dois cômodos e tem duas janelas basculantes. Uma das janelas se abre para a rua e estava tapada com um cobertor.
Com Cleucy, que estava sobre os colchões, colocados lado a lado, havia um ursinho de pelúcia que ela havia ganhado dos sequestradores. Dois cobertores estavam sobre os colchões.
O quarto tem apenas uma porta, que se abre para uma espécie de bar, onde estão um fogão industrial pequeno, de quatro bocas, e uma geladeira.
No bar, há um banheiro sem porta. O banheiro tinha porta que dava para o lado de fora da construção. O bar tem uma porta que se abre para os fundos do terreno, por onde os policiais viram que havia um único sequestrador com a menina.
Um policial foi ferido quando o sequestrador Claudione Alves de Faria percebeu o movimento e atirou contra a porta. O policial que vinha atrás dele, atirou no sequestrador, que correu para o quarto, onde recebeu o tiro fatal. No bar havia queijo, iogurte, frutas e pão. Algumas frutas estavam em sacos com etiquetas de preço da cooperativa da PM.
Foram achados oito pares de luvas cirúrgicas, um rádio walkie-talkie sintonizado na frequência usada pela polícia, um carregador de bateria de celular e uma TV portátil. Dentro do bar, estavam um rifle semi-automático e duas pistolas. Havia uma lista com nomes de 12 deputados distritais, colegas de Luiz Estevão na Câmara Legislativa do DF.
(SÉRGIO LIMA e OSWALDO BUARIM JR.)

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