São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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PMs são suspeitos de roubo e morte no MS

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O serviço reservado da Polícia Militar e a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul prenderam dois soldados da PM e estão procurando um terceiro.
Dois dos policiais -Robson Luiz Agostinho, 28, e Pedro Eduardo Cabreira, 30- são suspeitos de três assaltos e um latrocínio (roubo seguido de morte).
Lotados na 5ª Companhia em Campo Grande, eles teriam assassinado o tenente do Exército Evalci Campos Cascardo, em 20 de julho último. Agostinho nega.
O outro PM, João Carlos dos Santos, 29, foi indiciado por receptação de objeto roubado. Ele disse que comprou um telefone celular de Agostinho, mas que não sabia que era roubado.
O tenente Evalci Cascardo foi rendido por dois assaltantes quando estava num caixa eletrônico no centro da capital. Os ladrões mataram o tenente com dois tiros na cabeça e depois queimaram seu carro, um Fiat Uno.
A Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos descobriu que os assaltantes usaram o cartão eletrônico de Cascardo para fazer três saques de sua conta bancária -um total de R$ 400.
O delegado que cuida do caso, Fernando Soares Martins, 41, disse que os PMs já foram indiciados por três assaltos ocorridos em 13 de junho. Quanto ao latrocínio, segundo Martins, "há fortes indícios e os PMs também devem ser indiciados".
Agostinho e Santos estão no Presídio Militar desde anteontem e Cabreira está foragido.
A polícia chegou aos PMs após prender o comerciante Anderson Veiga, que estava usando o telefone celular do tenente do Exército. Preso, ele disse ter comprado o aparelho do soldado Santos, que acusou o soldado Agostinho, que responsabilizou Cabreira.
A polícia investiga a possibilidade de envolvimento dos PMs em outro latrocínio, de Adroaldo Cruz. Ele foi assaltado e morto e seu carro, queimado. Uma mulher que estava com Cruz na noite do crime não reconheceu os PMs.

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