São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Prefeitura erra em mapa da cidade

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Mapa Oficial da Cidade, documento que a Prefeitura de São Paulo lança em CD-ROM na segunda-feira, apresenta erros que comprometem o produto.
Após dois anos de estudos e pelo menos R$ 200 mil consumidos com o projeto, a edição atualizada do mapa paulistano contém, segundo seus próprios idealizadores, "uma ou outra falha".
Como maior diferencial de outros guias impressos ou digitalizados, o programa da prefeitura promete localizar no mapa qualquer imóvel pelo endereço completo ou pelo CEP (Código de Endereçamento Postal).
Mas o sistema de procura simplesmente ignora o ponto em que começa a numeração. Um imóvel no número 100 de uma avenida com 10 mil metros de extensão, por exemplo, poderá ser apontado na altura do número 9.900.
É o caso de quem tenta localizar a Administração Regional de Vila Prudente, na avenida do Oratório, 172 (zona sudeste de São Paulo).
A primeira dificuldade vem com o nome da avenida. Quem procura por Oratório, com o acento correto na letra "o", é informado de que "o logradouro não existe".
Superado esse detalhe gramatical, a indicação da regional é feita não no início da avenida "Oratorio", mas distante quase 7 km do local exato, já na divisa com o município de Santo André.
Se o usuário do mapa perceber o erro de localização e telefonar para o número indicado como sendo da regional para pedir informações, perceberá outro erro.
Como foi atualizado em setembro do ano passado, o mapa não apresenta os novos prefixos determinados pela Telesp. No caso, 911 mudou para 6101.
Após essas falhas, se o usuário ainda tentar acionar entre as informações disponíveis a área controlada pela regional de Vila Prudente, será informado de que este é um "item não-georeferenciado".
Referência malufista
O Mapa Oficial da Cidade traz obras-símbolo da gestão de Paulo Maluf na prefeitura (1993-96) como pontos de referência.
O novo mapa fiscal do município apresenta, além da localização de 46 mil logradouros públicos, as principais realizações malufistas.
Há indicações com fotos, por exemplo, dos prédios do Cingapura, dos complexos viários Maria Maluf e Ayrton Senna e das avenidas Faria Lima e Água Espraiada.
O programa em CD-ROM permite a visualização do mapa geral da cidade pontilhado com as obras do antecessor de Celso Pitta ou ainda a procura individual por setor, como as unidades do PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
A Secretaria das Finanças e a Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município) começam a vender na segunda-feira (por R$ 35,94) uma primeira edição de 5.000 mapas.
Segundo o diretor do Departamento de Rendas Imobiliárias da Secretaria das Finanças, Sérgio Ghirelli, a inclusão de símbolos de Maluf no programa se deve à importância das obras.
"Mostramos o que há de mais representativo em termos de reurbanização em São Paulo", afirma.

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