São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Banco Central volta a corrigir o câmbio

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central realizou ontem a terceira desvalorização do real no mês de setembro. O movimento surpreendeu o mercado, já que apenas um dia antes, na quinta, o BC havia realizado um ajuste.
A desvalorização de ontem foi de 0,10%. No mês, o ajuste nominal chega a 0,25%, enquanto o efetivo está próximo a 0,23%. Apesar da surpresa, a desvalorização está dentro do esperado.
O piso da minibanda passou a ser R$ 1,0920, e o teto, R$ 1,0970.
O mercado de câmbio esteve mais tranquilo. O dólar futuro, que havia subido no dia anterior, fechou em baixa. Os contratos para outubro -que projetam o câmbio de setembro- caíram 0,02%.
Uma das razões, segundo operadores, foi o leilão de R$ 300 milhões de papéis cambiais (NTN-D) feito pelo Tesouro Nacional. Embora o governo estivesse apenas repondo papéis que venceram no início da semana, a oferta ajudou a reduzir a procura por "hedge" cambial na BM&F.
No mercado à vista, a taxa média calculada pelo BC aumentou de R$ 1,0922 para R$ 1,0923.
Diante da ausência de notícias locais, o mercado de ações brasileiro seguiu a tendência de recuperação ditada por Nova York.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com valorização de 1,78%, após ter caído 1,58% perto do meio-dia.
Em Wall Street as ações também oscilaram. O Índice Dow Jones abriu em alta e depois recuou, para fechar com elevação de 1,07%.
O mercado de ações norte-americano recebeu um empurrão das taxas de juro, que caíram violentamente após a divulgação de indicadores que mostraram crescimento moderado da economia dos Estados Unidos.
A taxa do T-bond, título público de 30 anos, recuou de 6,69% para 6,58%. Entre os indicadores publicados, o índice de preços no atacado registrou elevação moderada de 0,3% em agosto.
Telebrás PN subiu 2,94%, fechando a R$ 139,00 o lote de mil, e entre as ações mais negociadas perdeu apenas para Cemig PN (4,12%).
BCN PN voltou a subir bem -2,6%-, impulsionada por comentários sobre uma provável venda do banco. Alguns analistas já dão o negócio como fechado. O comprador, comenta-se, seria o espanhol Bilbao Viscaya.

Texto Anterior: Moeda da Tailândia vive novo dia de crise
Próximo Texto: O enterro da Maria Candelária
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.