São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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Semana de 22 critica Lobato

PRISCILA FIGUEIREDO

Em 1917, a jovem pintora Anita Malfatti, que tinha estudado na Alemanha e nos Estados Unidos, fez uma exposição. Suas obras apresentavam temas brasileiros, mas o jeito de pintar era diferente do que havia aqui -mais deformava do que retratava objetos e seres.
Isso chocou Monteiro Lobato, que era defensor da velha arte. Ele escreveu um texto em que comparava a pintura de Anita aos desenhos de loucos num manicômio.
Lobato via talento na moça, mas dizia ser um talento usado de forma negativa.
Esse fato levou outros artistas modernos, como Mário e Oswald, a se aproximarem da artista e a combater cada vez mais a gente que pensava como Lobato.
Em fevereiro de 1922, ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo a Semana de Arte Moderna, com palestras, recitais de música e poesia, mostras de quadros.
Participaram Mário, Oswald, Manuel Bandeira.
O escultor Vítor Brecheret apresentou um Cristo com trancinhas no cabelo!
O compositor Villa-Lobos, Anita Malfatti e a pintora Tarsila do Amaral também estiveram lá. Depois dessa semana, nada ficou como antes.
(PF)

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