São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997
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O narizinho que se meteu na literatura

MIRNA FEITOZA
DA REDAÇÃO

A aventura de uma menina que se apaixona pelo príncipe do Reino das Águas Claras mudou para sempre a literatura brasileira para crianças.
Com ela, nascia, em 1920, o livro "A Menina do Narizinho Arrebitado", de Monteiro Lobato (1882-1948), com ilustrações coloridas de Voltolino e em formato de álbum.
No ano em que a Folha começou, 1921, o livro chegou às escolas de São Paulo com o título "Narizinho Arrebitado", em tamanho menor e com as mesmas ilustrações, mas sem cor. As escolas receberam 30 mil exemplares gratuitamente.
"Esse livro rompe com a indigesta e fastidiosa literatura infantil que possuímos", disse o crítico A. Fernandes na Folha de 12 de abril de 1921.
Antes de "Narizinho Arrebitado", os livros para crianças, com raras exceções, eram traduções de livros vindos da Europa, adaptados aos costumes do país. Uma das exceções era o livro brasileiro "Saudade", de Thales Castanho de Andrade.
É só a partir de Monteiro Lobato que a literatura ganham força entre as crianças. Lobato é considerado pela crítica como o iniciador da literatura infantil brasileira.

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