São Paulo, sábado, 13 de setembro de 1997 |
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Brahms soa próximo com orquestra de Hamburgo
MARCELO MUSA CAVALLARI
A obra se impõe sozinha. Um dos pontos altos do repertório da música, a peça foi tão cuidadosamente pensada por Brahms que parece difícil estragar seu efeito. À frente de uma orquestra correta -com grande número de músicos bastante jovens-, o desengonçado regente Herbert Blomstedt foi sábio. Deixou os músicos tocarem. O que eles faziam -especialmente na 1ª- com visível gosto. Uma certa falta de maleabilidade nas mudanças de dinâmica, um certo desequilíbrio entre cordas e madeiras, ataques hesitantes dessas foram evidentes. Mas a paisagem de Brahms mostrou-se deslumbrante nas mãos de músicos normais. É como conhecer uma região guiado por moradores comuns. Algumas portas não se abrem, mas ganha-se em intimidade. A "Abertura em Estilo Italiano", de Franz Schubert, que abriu o programa, precisaria de uma orquestra mais expressiva para ter alguma graça. O violinista Frank Peter Zimmerman, de 32 anos, que tocou o concerto "Opus 77", de Brahms, explorou bem os timbres do instrumento e soou maravilhosamente claro nas passagens a duas vozes. Texto Anterior: Osesp apresenta formação inédita hoje Próximo Texto: Bienal prepara nova estratégia da aranha Índice |
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