São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997
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desobediência na criança

FRANCISCO B. ASSUMPÇÃO JR.

Meu filho tem três anos e é muito nervoso. Ele não me obedece e não sei como agir. Falam que devo bater, mas acho que não é a solução. (Cristiana Souza, São Paulo)
Toda criança quer ter seus desejos satisfeitos. O processo educativo, no qual se aprendem valores e padrões de conduta, estabelece a relação entre o desejo e o possível.
Quando não satisfeita, a criança pode chorar, gritar, agredir ela mesma ou os outros. Com o diálogo, a criança se torna mais tolerante.
Devem-se estabelecer regras definidas e coerentes em casa. Para que sejam seguidas, não é preciso agredir a criança, nem mesmo simples "tapinhas", que refletem mais a raiva e o cansaço do adulto do que um processo pedagógico. A força acaba com o respeito na relação. Se o pai se impõe por meio da autoridade, e não da força, estabelece-se uma relação mais harmoniosa.
Quanto ao "nervoso", pode ser um simples desrespeito às regras ou até um problema psiquiátrico. Na dúvida, procure um especialista.

Diretor do Serviço de Psiquiatria Infantil do Hospital das Clínicas
Perguntas devem ser enviadas por carta ou fax para Revista da Folha, al. Barão de Limeira, 425, 8.o andar, CEP 01290-900, SP. Fax (011) 224-4261.

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