São Paulo, domingo, 14 de setembro de 1997
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roedor novo em casa

NOELLY RUSSO

Um parente próximo das doninhas, das martas e das lontras deixou os EUA para viver no Brasil. O novo "pet" se chama ferret, que em português quer dizer furão, um mamífero da família mustelidae.
O nome foi mantido em inglês a pedido do Ibama. Tudo para não confundir o animal americano com o furão, seu primo-irmão brasileiro. "Os ferrets vêm sendo domesticados há décadas, enquanto o furão brasileiro é um animal silvestre. Por isso, o Ibama proíbe manter o furão brasileiro em cativeiro", diz Fábio de Arruda Martins, 35, veterinário e diretor da Pro Pet, empresa que importa os ferrets.
Os primeiros 60 filhotes chegaram ao país há um mês. Eles são criados na fazenda norte-americana Marshall, que garante animais dóceis e adaptados ao cativeiro.
Esses bichinhos têm um microchip subcutâneo que permite ao Ibama e aos donos controlar sua origem. "O microchip foi instalado para combater o contrabando dos animais", diz Martins.
Um ferret não ultrapassa 30 cm de comprimento, um pouco menor que um gato. Também é mais leve. "Uma fêmea não pesa mais que 800 gramas. Eles são pequenos e se escondem em cantinhos."
A principal característica do ferret é a "xeretice". "Ele é muito curioso. Costuma entrar em gavetas, subir em mesas e fuçar por toda a casa", afirma Martins.
Proprietário de primeira viagem, o veterinário Renato Miracca, 31, está entusiasmado com seu ferret de três meses. "Ele é muito legal. Está sem nome porque a família não se decidiu." Miracca diz que seu animal dá pouco trabalho. "O bichinho é carinhoso e não faz barulho, o que facilita sua adaptação em apartamentos."
O ferret aprende seu nome, desde que seja curto, reconhece o dono e gosta de brincar com bola. Eles pulam e emitem pequenos guinchos como sinal de felicidade.
Ele come ração especial. "Um saquinho com 700 gramas dura dez dias. O custo diário da refeição é de R$ 0,90", diz Martins.
Outra recomendação é ter uma pequena gaiola para os animais. "Eles precisam de uma 'casa'. A gaiola serve como proteção para não se machucarem", afirma.

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