São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 1997
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Covas vê pressão da população

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas (PSDB-SP) reconheceu ontem que a pressão popular foi um dos fatores que levaram à queda de Claudionor Lisboa do comando da PM.
Perguntado sobre o efeito de casos como os de Diadema e Fazenda da Juta, Covas afirmou: "Isso sempre leva a uma pressão da sociedade."
O governador também concordou que há insatisfação popular em relação ao aumento do número de roubos -especialmente porque o contingente da polícia também aumentou no seu governo.
Covas não fez críticas ao trabalho de Lisboa. "A troca de comando é algo rotineiro no governo. Quem faz a política (de segurança) é o governo, não a polícia. Ela apenas a cumpre", disse o tucano.
Segundo o governador, a "rotina" já se mostrou quando ele trocou o delegado-geral de polícia, meses atrás. "O caso da PM já estava programado", afirmou, embora não dizendo há quanto tempo a troca estava decidida.
Covas voltou a defender sua proposta de unificação das polícias, com a criação de uma Polícia Civil única, com um grupamento fardado exercendo o papel de policiamento ostensivo.
Sua proposta também está no Programa Estadual de Direitos Humanos. O programa, nos moldes de seu equivalente federal, foi apresentado ontem.
Entre as propostas do programa está o fim da Justiça Militar como instância de julgamento de policiais militares no Estado. Mas a proposta está em forma de apoio, uma vez que a alteração depende das mudanças constitucionais estudadas a respeito das polícias.

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