São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 1997![]() |
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Público revive suicídio de Vargas no Catete
MARISTELA DO VALLE
Essa é a história contada no tour pelo edifício, que foi sede do governo federal entre 1896 e 1960, e hoje abriga o Museu da República. Aberto a visitação pública, ele tem biblioteca infantil, locais para exposições temporárias e permanentes, parque e outros espaços. Salas de reuniões ministeriais, salões luxuosos com decorações européias, mesas preparadas para receber banquetes e enormes escadarias de pedras permanecem quase intocáveis. A parte mais dinâmica da visita está no terceiro andar, onde há a exposição "A Ventura Republicana", concebida pela designer Gisela Magalhães. Talvez o local seja mais atrativo por permitir a entrada na intimidade dos presidentes. Como o quarto escuro em que Getúlio Vargas se suicidou. Ao som de uma voz masculina interpretando a carta-testamento deixada pelo presidente, estão expostos, protegidos por vidro, o pijama que ele usava no momento da morte e a bala que tirou sua vida. Ambos ao lado da cama em que Getúlio morreu. Na sala com retratos de todos os presidentes pintados a óleo, Fernando Collor e Itamar Franco ainda não têm uma versão bem-acabada, e Fernando Henrique Cardoso não está presente. Cada compartimento da mostra tem um som ambiente específico. Num deles, a figura de um homem deitado na cama, o vento que bate nas cortinas e a projeção de imagens catastróficas, como incêndios, representam o pesadelo de um presidente. Por problemas técnicos, porém, às vezes a projeção do Fernando Henrique no meio de um pronunciamento à nação substitui à de um homem deitado. O engano pode ter algum outro significado? (MV) Museu da República - rua do Catete, 153, perto da estação de metrô Catete, tel. (021) 285-6350. Ingresso: R$ 1 Texto Anterior: Imagens sacras combinam com a Casa França-Brasil Próximo Texto: Dormir perto do Corcovado fica mais barato Índice |
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