São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997 |
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Os dissidentes
NELSON DE SÁ
Era o presidente do PSDB de São Paulo falando de Mário Covas, após encontro com o governador para discutir a decisão dele, nada definitiva, de não se candidatar. Se Covas é o maior líder do PSDB, então o presidente da República, filiado ao PSDB de São Paulo, não é mais tido como tucano autêntico. É precisamente o que Ciro Gomes vem dizendo -e dizia ontem, depois de reunião com parlamentares dissidentes de sete partidos: PSDB, PSB, PT, PTB, PMDB, PPS e até mesmo o PPB de Paulo Maluf. Segundo a cobertura, Ciro acusou o governo FHC de ter traído a expectativa popular ao chegar ao poder e deixar-se obcecar pela reeleição. Ciro que, é bom registrar, vem de elogios abertos, rasgados a Covas, semana passada. Depois da onda dissidente da esquerda para o centro, com Erundina, Buaiz, chegou a vez das defecções da direita ao centro, com Ciro e, quem sabe, o aliado Covas. Tem mais, até 3 de outubro. * São dissidências que levam com elas o trunfo eleitoral de FHC, o Real. Como dizia Ciro ontem, de seu projeto: - Uma frente que preserve a estabilidade, estabilidade que eu ajudei a fazer. Ele e Covas -e ainda, ou principalmente, Itamar. * Covas não está sozinho na reação à perda de dinheiro por São Paulo. Do tucano José Serra, na CNT/Gazeta: - É evidente que perdeu. Perto de U$ 1 bilhão. É muito dinheiro. Uma fortuna. * - Este é um momento de muita turbulência... * O Jornal Nacional não deu palavra sobre Covas, Ciro, FHC e a turbulência. Aliás, um feito: em todo o programa, nenhum político. Texto Anterior: Os dissidentes Próximo Texto: Ciro faz último lance e espera em Sobral Índice |
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