São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 1997 |
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Troca surpreende entidades de PMs
ANDRÉ LOZANO
"Vimos com surpresa a troca do comandante-geral. O coronel Claudionor Lisboa (exonerado do cargo) mantinha o comando da PM na linha do governo. Ele conseguiu manter a tropa sob controle", afirmou o 2º sargento Laércio da Silva Guellis, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da PM de São Paulo. "No entanto, o governo não resolverá o problema da segurança pública no Estado apenas com a troca do Comando Geral. É preciso investir no policial", disse Guellis. "Há o crescimento da criminalidade em São Paulo e da violência praticada por PMs no Estado. Para melhorar essa situação, não adianta apenas mudar o comando. É preciso dar meios à polícia de combater a criminalidade -coletes a prova de balas, melhores armas etc.-, além de melhores salários", disse o presidente da Associação de Cabos e Soldados da PM, Wilson de Oliveira Morais. As entidades de PMs reivindicam piso salarial de R$ 1.050. Hoje, um soldado ganha cerca de R$ 600. O governador Mário Covas disse em várias ocasiões que não dará aumento maior do que foi concedido há cerca de dois meses para a PM e para a Polícia Civil. Segundo Oliveira, atualmente o PM está desestimulado para trabalhar na corporação. "Nos últimos oito anos, 49 mil policiais deixaram a PM. A maioria vai trabalhar como segurança em empresas privadas. Hoje, a PM é uma entidade formadora de policiais para a iniciativa privada." Os dois representantes de associações de PMs disseram que vão apoiar o novo comandante-geral, coronel Carlos Alberto de Camargo. "Vamos apoiá-lo. Inclusive, esse foi o pedido do coronel Lisboa em seu discurso de despedida do cargo. Ele pediu nosso apoio ao novo comandante, que classificou com uma pessoa brilhante", afirmou Guellis. Texto Anterior: Novo comandante da PM terá resistência Próximo Texto: Comandante chega hoje a SP Índice |
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